GABRIEL MARTINS

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Des-co-nhe-ci-do

Não sabemos como é,

Ao certo,
Não sabemos quando vem
Nos visitar.

Às vezes nos assusta,
Ou apenas diz um simples “olá”
Sua simples presença amedronta-nos.
Mas,
Seria algo ruim?
O que seria da vida sem a MORTE?
Como seria?
Seria um paraíso?
Provavelmente...

...Não.

A graça de viver está
No mistério da morte e
No desentendimento da VIDA.





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QuaSE


Na maioria das vezes,
Ele traz a tristeza.
Outras, alegria.
Outras, decepção.
Ser ou não ser eis a questão,
Alguém dizia,
Alguém de grande sabedoria.
Pois, SE, fosse, mas ao mesmo tempo,
Não fosse?
...
Ele quase seria?
Quase...
...Ele traz...
Ao certo ninguém sabe.
Sei que sonhei.
E também que
NÃO cheguei.
Na verdade,
QUASE alcancei.
Exitei!

O quase não é bom.
O quase não é ruim.

Dificuldades chegarão,
Ser forte para aceitar-se
Na condição de “quase”, por vez,
É ser forte para evoluir
E crescer.
Voar! Viver.

Chegar no quase pode ser bom.
Ficar no quase é triste.
Aceitar-se nele, é o fim.
Desistir, jamais.

G. MARTINS



Amor Indecente


Semelhante á uma
Ensolarada tarde de verão,
Tráz consigo a solidão,
De um pingo – dentre tantos – irmão.

Linda como a neve que não vi,
Sonho com a ardência de seu corpo,
Molhado, mas de braços abertos.

Amiga incrédula, ela te acolhe.
Sua companhia me tráz bons momentos
Como a luz do crepúsculo,
Repugnante e esperançosa.

Sonho sonhado, esforço incessante.
Cansaço inexplicável,
Amor indecente.

G. Martins



Amizade sem rumo

Caminhando à noite, na noite sem rumo,
Em uma caminhada sem destino, a vi.
Luzes ao redor, e em minha melhor amiga;
Encontro um Dó.

Um ré que me fez rir de felicidade,
O sol que me fez pensar por um segundo
Na noite em que te vi de relance,
Um lance apaixonado.

A mi, que, em mim só encontra o ombro amigo,
Aquele que não vê perigo e corre atrás do prejuízo,
Mas acaba de perder o juízo.

Passa-se o tempo, as luzes se apagam.
Já é dia! A lua já se pôs por dentre a escuridão,
E eu me refugiei de novo na eterna solidão.

G. MARTINS