domingo, 9 de novembro de 2008

NEM UM, NEM OUTRO!!!!!


Quem da solidão fez sua vivência
Tem por experiência a cantiga da melancolia
O espaço restrito e a agonia como companheira
A solidão como remédio para as dores do peito
E a morte como solução das problemáticas.
Assim perde-se o poeta no devaneio do não realizado
Assim se esvaem os pensamentos lúdicos no jogo da existência
Perdendo-se por versos e rimas soltas
Em corações cardíacos de amores e sonhos
Diante de um teclado frio e inerte
Que a tudo aceita e concorda.
Ah poesia porque me enganou?
Ah verdade porque me abandonou?
Hoje sou nuvem passageira sem brilho ou horizonte
Perdido entre o agora e o por vir
Hoje sou poeta com os assuntos de ontem
Com saudade do amanhã quase perfeito
Como confeito de padaria das periferias da cidade
Ah sonho de felicidade porque acordou-me?
Porque despertou-me deste pesadelo sem destino
Que é o desatino da vida , a distância que corrói
Que dói feito doença incurável, feito verme em carniça
Sou poesia de verso sujo, sou poema sujo das esquinas
Das latrinas, das latas de lixo, das ruas nuas como putas. 

SÉRGIO SOUZA





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