No escurinho da rua, no perigo do elevador,
No desvão das escadas, nos deslizes da poesia,
Pecar por um dia. é reviver pela eternidade,
Ah, que saudade do pecado criança no reservado solitário lá de casa,
Quem nunca pecou na solidão da adolescência?
Não tem pedra para todos.
Pequei no chão da cozinha, na mesa da sala,
Só não pequei no chuveiro, com medo do sabão,
Pecai, senhores por todos os lugares,
Desfraldai a bandeira da verdade do prazer,
Vamos unidos pecando e recriando a criação,
Pequemos sim, porém com ordem
Pequemos com carinho, devagarinho,
No cantinho escuro da poesia
Onde o verso encocha a rima ,
E a estrofe se perde no pensamento do pecar.
SÉRGIO SOUZA
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