sábado, 17 de outubro de 2009

POETIZANDO



Faço poesia em primeira pessoa
Porque não consigo a vida do “eu”
Tirar sua sombra do interior que ecoa
Passar distante de uma saudade ou de um sonho meu.
Falo sem pudor ou compostura
Da incerteza nossa, da razão nula
Desse momento irreal da ilusão dura,
Que a poesia carrega, pelas linhas, feito mula.

Faço verso em primeira pessoa
Para que todos saibam da tristeza minha
Em rolar sozinho à noite ou gritar um som que não ecoa.

Faço sem destino, como pipa que voa sem linha,
Eco que do meu eu sai e não ressoa,
Que nos nega e grita seu nome como se fosse minha!

®Sérgio Souza
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