É na madrugada quando a verdade se associa á lembrança
Que a saudade-criança aparece na meia luz do quarto
Você se torna tormenta, alegria tristeza, paixão livre que se alimenta
Da saudade presente, do corpo ausente, da chama que se apaga
Alma que se afaga, amor que se alaga na incerteza da jovialidade
Luta que se trava na surdez do imponderável, na lisura da virgindade
Você é verso livre que a estrofe busca na cama da poesia
Que exclama na lama do dia a dia, num grito calado dentro do peito
Você é uma metáfora real, você é o guerreiro sem espada
Na madrugada fria das clarezas torpes
Você é o grito que que veio de dentro da madrugada
Silencioso e brumado como o dia que surge no horizonte incógnito.
Você luz e pecado, estrela e luar
Minha mentira tardia, uma realidade de todo dia.
Sergio Souza
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