domingo, 5 de setembro de 2010
RECEITA
Do riso que ecoa nas paredes surdas
Da mão quente que abraça e laça,
Do vivo murmúrio e caça,
Dos olhos nossos que fitando passa.
De tudo um pouco em pitadas certas,
Misturando bem sem deixar engrossar,
Depois levar ao fogo cálido da meiguice,
E nesse brando fazer meninice.
Na hora de servir não esquecer a verdade,
Por na mesa o couvert da sinceridade,
E de maneira leve colocar no prato.
Embora pareça desacato,
A sobremesa é pudim de franqueza e mouse de afeto
Tudo isso regado a vinho de uma videira única, chamada você.
SERGIO SOUZA
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