sábado, 20 de novembro de 2010

VESPERTINA!!!!!!


Instantes com ares de eternidade
Encontros e despedidas nos trilhos do metrô
Conversas á sombra dos edifícios da cidade
Felicidade momentânea, necessidade eterna
Uma saudade permanente de quem chega na hora de partir
Destinos destoantes, desejos conflitantes
Interrogações por respostas, exclamações por respostas
Afetos concordantes, prazeres adiados, mãos entrelaçantes.
Assim se fez poesia urbana, com medo e realidade
Conto sem fada, narrativa de príncipes sem coroa
Cumplicidades sussurrantes, olhares comprometedores
Um verso por confirmação, uma busca sempre constante
Em primeira pessoa do singular
Na espera de um plural sempre vigiado.
Assim ficam corações machucados
Unidos pela separação,
Separados pela união.

Assim vive e passa a poesia fria
A vontade vazia
O peito em agonia.

SÉRGIO SOUZA

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