Ilusões de manhã raiada
Sonhos de tardes mornas
A vida é este entrevero de idas e vindas
Uma sombra das madrugadas frias e camas vazias
A vida é este semear em terra infértil
De sutilezas e incertezas negras.
Nós somos este infinito de belezas
Nas certezas das promessas divinas
Este poço de inverdades em versos voláteis, como espumas do mar
Um misto de vontades e realizações
Versos soltos, rimas frescas, pétalas perdidas
De flores mal regadas.
Neste ermo perdido, das perdidas ilusões, você e eu
Música sem solo, solo sem planta, planta sem flores, flores sem frutos.
A vida é um encontro desencontrado do céu com o mar
Meu navio segue por terra, seu automóvel por mares.
Sergio Souza
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