Canto em poesia meu contracanto de dor
Canto para viver a vida pleonasticamente
Canto em verso e rima para negar a estima
E rir dos homens, do preconceito e da fome,
Faço verso no descompasso, por um dia ter perdido o passo
Meu verso não tem métrica, minha rima não tem som
Sou uma mescla de realidade e virtualidade estética
Sou elemento e composto da cibernética
Canto sem orquestra, por não saber as cifras
Mas pago com altas cifras a diferença que isto faz
Canto a guerra para aprender falar de paz,
Mato o tempo para sobreviver na eternidade,
Amo com o pensamento, por ter o coração em tormento.
Não sou sambista, milongueiro ou valsante
Mas danço na descida do morro como passista,
Mestre-sala ou porta-bandeira
Mas sobremaneira canto por mim, pela saudade,
Por você e por necessidade.
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