Cada esquina é um porto,
Cada olhar um ponto,
A vida esvai-se como carros em avenidas,
O destino é como uma estrada sem fim,
Que segue uma reta rasgando chão,
Ferindo terra, o coração,
Rumo ao norte sem pressa de chegar.
O vento é a aregem da vida que sopra em cada estrada,
Canto ou esquina, levando a nau da esperança,
Mas feito criança se atrapalha e espalha incerteza,
Desesperança na certeza de encontrar alguém no fim da caminhada.
A vida é a jornada longa rumo ao norte
Com medo de encontrar a morte,
Em cada esquina um olho perdido na chegança,
Em cada estradeiro um nó na garganta feito de rua e pó.
Na casa branca da colina mora um velho senhor,
Que virou muitas esquinas, que caminhou para um dia poder chegar,
Lavrou o pé de dor, riscou o peito a faca e tatuou seu nome, AMOR.
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