Não sou menino vadio,
Nem sou menino das ruas
Sou um lavradio das esquinas,
Sou senhor, senhora, menina
Não posso deixar meu reduto,
Meu salvo conduto por nada.
Não sou menino dos desacatos
Das desesperanças, das intemperanças.
Um pouco lembranças outro resto saudade
Não canto por vergonha;
Choro por necessidade,
Nâo sou ruas, sou os becos da cidade,
Não vou, pois o riacho que corre manso também tem corredeiras
Não, não vou, sou solidão, sou devasidão,
Sou mar morto, sou amor em forma bruta.
SÉRGIO SOUZA
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