domingo, 6 de dezembro de 2009

TAÇA DE CRISTAL



Essa taça de cristal,
Esse vinho cor de sangue
Que embriaga e entorpece.
É como bálsamo, é como prece,
Alivia a dor e tudo esquece,
Essa taça de cristal,
Essa embriaguez é como desejo,
Que leva ao ensejo e depois a pequenez,
Essa taça de cristal,
Essa mesa posta, esse tilintar de vidros,
Esse vento que corre a espinha,
É como o gozo em tarde de verão
Que inicía punjante, firme, elegante,
Passa pelo florescer da primavera
E termina frouxo como folha do outono que era,
Indo dormir com o inverno perdido na quimera.
Essa taça de cristal,
Esse vinho tinto é como você,
Circula pela mente, invade interiores,
Vasculha despudores, beija como enamorado
Perdido na paixão e ternina despejado,
Partindo sem  ser notado.

SÉRGIO SOUZA

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