segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

QUANDO

Quando abri hoje minha janela
Olhei para o firmamento - pensei!
Olhei para o longe azul - viajei!
Quando hoje abri minha janela
Vi uma imagem sua por esta moldura,
Vi você que chegava, braços abertos.
Senti meu corpo no seu abraço
E neste embaraço entreguei-me ao laço
Dos lábios seus, poço de satisfação e prazer.
Quando hoje abri minha janela
Já não era mais noite, mas tambèm não era dia
Nessa confusão de nem ser ele e nem ser ela
O clarão dos seus olhos iluminou a quase manhã
Foi nesse afã que a poesia virou Lua
Dama, senhora, mulher toda nua
E minha alma juntou-se a sua
E ninguém mais soube de nós
Perdidos que nos fizemos sozinhos
Na distância de nós mesmos.
Hoje, quando fechei minha janela
Ainda não era noite, mas também não era mais dia
Lá fora ficaram o Sol e a apatia.
Nessa confusão de nem ser ela e nem ser ele
A luz dos olhos seus não ilumiram a tristeza
E lá ficaram no caminho, na rua
Ele sem calor e ela toda nua.

SERGIO SOUZA

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