Não faz muito tempo, quem sabe uns meses, uns dias
Que não se fala em poesia, que não se busca a saudade.
Não faz muito tempo que os corações pararam de sangrar
Aquele sangue sem sentido, parou de doer aquela dor sem sentido.
Ah! Coração bandido, misto de ilusão e falsidade,
Que clama liberdade e se entrega á irrealidade
Da falácia poética,
Para quê falar de um sentimento retorcido,
De sonho mal nascido?
No beco das imundices, no bojo das crendices,
Do meio dos desvalidos,
Sem rima, sem rítimo, sem vontade, sem vergonha
Fruto da barganha, das corrupções das veias, das iniquidades.
Sem primeira pessoa ou conjugação verbal,
Sem licença poética.
Melancólica distância de todas as horas,
Recolhimento sem demora,
Esquecimento que devora
Aos pouco..., aos poucos....
Só uma palavra consola, a que nunca foi dita, bendita
Só uma ilusão apavora, a que se acredita, maldita,
Só uma visão é coerente nos pântanos da dor,
Só uma razão é conclusiva, O AMOR!
SÉRGIO SOUZA
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