Dizem que abuso do verbo amar...,
Talvez seja áspero ou desesperançado
Por não ver em teus olhos as ondas do mar,
Que tanto marejam os meus assustados.
Quem sabe a inquietude venha do não saber usar...,
Entregando-me na chegada, enquanto já estão de partida
Como quem se assusta numa taquicardia ou inesperada ferida,
Perdido que estou na arte de imaginar o sentimento ideal.
Ás vezes tudo arranha, como farpa, o peito
Quando você vida ou você defeito me esquecem na rua
Como um pacote sem dono caído da Lua
Talvez todo o ser que eu tenha, ainda não é
Quem ainda seja o verbo ser um futuro
Quando o fruto estender uma mão e se dizer maduro.
SÉRGIO SOUZA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
fale o que pensa, mas pense antes de falar!