quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DESCIUIT SENSUS



Esses versos simples e dolentes,
Que a alma enxerga pelas lentes do sentimento,
Renega na verdade,
Pois não existe amor sem caridade,
Nem mentira sem realidade.
Lamúrias de um poeta triste
Que empunha o verso em riste,
Para notar que ainda persiste,
E que cuja verdade única consiste,
Em parecer aos pares vitorioso,
Embora recluso, fugidio, medroso.
Poesia poesia explicação definitiva
Da dor que insiste e que leva seu nome,
Esquecido dos que tem toda fome.
Poesia alusiva como quem pede perdão,
Corrosiva como pasta abrasiva
Fogo que queima surrealista,
Ignorante como se não interessasse,
Ftigante como se merecesse
Brilhante como messe
Ou desigual como uma mistura heterogênea,
Reativa como química halogênea,

Chega poesia!!!!!!!!!!!

A manhã hoje é definitiva.
Hoje a poesia sou eu infernal como Dante.
Hoje o verso é você que nunca me viu.
Hoje a rima somos nós delirantes.
Caídos no papel branco do leito das palavras.
Seremos dilacerantes como um ser só.

SÉRGIO SOUZA


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