De tanto andar por entre curvas e lagos
Fixei-me nas retas e no sentido único do viver
Que por muito pouco conhecer transformei lágrimas em riso
Fantasia em siso, vontade em necessidade, ponto em travessão,
Diálogo em confusão, montanhas em planícies.
Perto da sandice espelho na água que me constitui
Para não perder o norte do desejo, que neste ensejo,
É a lua, parte no céu, parte no mar,
E se a inda esbravejo espanta-me a súbita vontade de incesto
Por mais que ostente a dura empunhadura á proa no calor da luta
Que por fim é disputa, pois em terra de poeta qualquer verso é chico
Em qualquer estrofe eu fico como marujo a te buscar por entre estrela
Caminho reto de curvas, já toda curva é uma reta e é em ti matemática pregressa,
Que estão minhas aritméticas calculando a distância de que nunca chegou, pois não partiu.
E na noite que sismo sozinho te elevo em minha pátria, minha fátria
Que come montanhas, bebe rios e urina mar para dizer que dessa intimidade sou seu solo, gentil.
SERGIO SOUZA
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