sábado, 26 de janeiro de 2013

MANHÃ DE DOMINGO


Mais uma vez ouvindo o som da terra
A vontade que uma vez mais se encerra
Águas agitadas como laguna em guesa
Rios que cortam cordilheiras, represa em represa.
Uma vontade necessidade de quem olha e não vê,
De tem a metade pela metade
O inteiro dividido, como poema sem rima
Sentimento lúdico, mateira prima, poesia
Uma alegria de pele que se cobre
Com o manto do odor lógico do pensamento.
Mais uma vez o caminho é rota de regresso
Um abraço que se prende no laço perverso
União e separação, confissão e certeza.
Acordar com beleza do sonho
De quem veio e nunca chegou,
Mas também, nunca partiu.
Vem com a manhã no trem das nuvens
E fica na ilusão sofrida de viver a poesia das auroras.
Mais uma vez é proibido o infinitivo do verbo sentir.
Melancólico conjugar o poder, vivenciar o indicativo do ter.
Mas sorria, a sanha de poeta, e ser pela metade a sua vida completa
Sinta, sorria que a hora é esta,
Poema, poesia, poeta;
Ergamos esta festa de manhã de domingo,
Porque hoje é sábado.



SÉRGIO SOUZA

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