quinta-feira, 6 de novembro de 2008

BEIJO





É em tua boca que escondo o estrondo que vem de mim,
É em seus lábios que refaço o dia na noite de toda tarde
É no macio das suas palavras que há o encontro
Dos desencontros da vida que nos convida
Para o banquete de nós dois sob os archotes da Lua,
É no descomeço de cada dia que me faço Sol
Para não esquecer da noite que aqueci com meu corpo
E me perdi na cavidade que teus lábios circundam.
É no infinito de nós, que chegamos ao eu de cada um,
Por fim, é no azul - firmamento que sinto o seu amarelo
Num desespero de felicidade ou numa agonia de Satisfação.

®Sérgio Souza

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