quinta-feira, 5 de novembro de 2009

NA BEIRA DO MAR


Que saudade do mar
Das luas cheias e minguantes
Saudade dos corpos suados
Se beijando na areia, se molhando no mar
Saudade dos afagos inocentes
Do ranger de dentes em outros instantes
Dos suspiros incoerentes de instantes outros
Saudade do cabelo curto esvoaçante
Da mão que alisa, dos lábios que afagam
Os corpos cansados que abafam
Abanam-se e se largam na onda
Saudade da água que invade e explode infinita
Saudade do mar salgado do suor que escorre
Quente como tarde de sol
Em pele morena, suave , pequena
Um oceano de liberdades
Hoje é lembrança esquecida que a maré apagou
O tempo melindroso guardou
Mas o coração se inquietou.

SÉRGIO SOUZA

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