Difícil é para a poesia
Quando faltam palavras
E sobra alegria,
Difícil é para a poesia
Quando os gestos são mais que fonética
E o peito bate sem compasso
Perdido num abraço, num olhar.
Difícil é para a poesia
Quando o sonho é uma realidade
Sonhada com a sinceridade do dia
E a imaginação de uma noite;
Faltam palavras para se contar um conto
Quando o ponto maior é o descuido
De um instante livre como liberdade
Infanto-juvenil ou serenidade senil.
Fazer poesia assim é entrega e busca,
É sentir no espalmar das mãos
O calor interior que invade o cérebro,
Que embarga o sentido,
É constatar com felicidade no coração,
Na prática, longe da gramática
Que saudade não tem tradução,
Pois no encontro dessas realidades estão
A beleza, a graça, o querer.
SÉRGIO SOUZA
Muito bom, um texto leve gostoso de ler, mas com a força do sentimento.
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