terça-feira, 29 de novembro de 2011

VIRANDO A PAULISTA


Quero caminhar com você pela vida
Atravessar a avenida Paulista distraída
Sonhando com um lanche, um olhar
Iludido com os refrigerantes e cartazes.

Fazer um soneto na estação
Visitar livrarias e se perder no nada das letras
Buscando em cada passo, uma palavra, um laço
Em cada direção um rumo.

Não há despedida quando o encontro é adiado
Nem chegada se não houve partida
Só momento, só um traçado de asfalto

Toca, troca, atravessa e se perde na esquina
Na esperança pequenina de transeunte
Um soneto sem rima, na calçada paulista.

SÉRGIO SOUZA

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