Tudo que fica passa, mas nem tudo que passa fica
Pois nem tudo que violenta teu rosto te desperta
Nem todos os seus discos riscados acordam
Os que dormem o sono da indiferença
Portanto nada ficou no lugar a não ser suas mentiras.
Mesmo com a alma invadida e falando sua língua
A leitura é a mesma de todos os tempos
Nos segredos publicados na desatenção
E por mais que as mentiras sejam desmentidas
No resto da minha falsa alegria
Nem você ou você vem, ou olha para mim.
E por fim, com o frio estou, com saudade de mim
E o pior é saber que como você não sei se volto
Neste banho de chuva debaixo de pé uva
E mesmo só, de mim mesmo, sinto o palpite
Como passarinho em busca de alpiste
E para meu governo desgoverno o ritmo
De tudo a minha volta sem rumo sem destreza
Pois despreza o já conquistado o conquistador
De muitos rumos e caravelas.
SÉRGIO SOUZA
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