Um sonho no peito e mãos para desbravar
Bifurcações temerosas e trilhas insidiosas,
Poeta das tristezas – alegres e das verdades – mentirosas.
Soneto dos desvalidos e rima dos necessitados
Estrofe mal-acabada de sentimentos únicos,
Grito rimado das batalhas das avenidas dos esquecidos
Amado poema dos desvalidos.
Quando raia o dia dos que nunca dormem
Surge a noite dos que nunca acordaram
Quando se abrem as portas dos sempre fogem
Fecham-se as janelas dos que nunca chegam
Se o desatino é a valia dos encanados
O flagelo é a herança dos desenganados.
SÉRGIO SOUZA
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