segunda-feira, 24 de setembro de 2012

NEBLINAS



Com o verso na algibeira e a estrada para caminhar,
Um sonho no peito e mãos para desbravar
Bifurcações temerosas e trilhas insidiosas,
Poeta das tristezas – alegres e das verdades – mentirosas.

Soneto dos desvalidos e rima dos necessitados
Estrofe mal-acabada de sentimentos únicos,
Grito rimado das batalhas das avenidas dos esquecidos
Amado poema dos desvalidos.

Quando raia o dia dos que nunca dormem
Surge a noite dos que nunca acordaram
Quando se abrem as portas dos sempre fogem

Fecham-se as janelas dos que nunca chegam
Se o desatino é a valia dos encanados
O flagelo é a herança dos desenganados.


SÉRGIO SOUZA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

fale o que pensa, mas pense antes de falar!